04 outubro, 2010

Simples


Eu que sempre gostei de asfalto, shopping, pressa e tudo mais que uma cidade grande pode oferecer, fiquei deslumbrada com uma festa numa casinha de porta e janela com cerquinha na frente, tocando forró (de verdade), crianças correndo e soltando fogos. Pensei:"nossa! parece cena de filme...!!" E depois me dei conta que vejo nos filme o que está ao meu redor e nao noto, preciso de uma tela grande pra que chamem minha atenção e aí pensar nisso me trouxe lembranças antigas, simples.
A simplicidade me ganhou. Aniversário com balão pendurado na varanda, mesinhas na frente de casa com a família reunida, terra, estrelas....
Sou incansável por querer mais...mas hoje só quero o pouco e o simples. Sem enfeites, só a vida, dura e pura.

30 agosto, 2010

Texto

E a escrita precisa ser bonita.Tem que ter charme e tem que combinar. Como na moda, nem todas as palavras caem bem a todo momento. É preciso olhar bem antes de sair com aquela frase que parece de efeito, mas pode acabar um pouco cafona. Reorganizar os elementos, vale a pena. Rever os acessórios também, nem todos os objetos vão bem. Como a moda, requer criatividade. Nos surpreendemos como alguns elementos tão diferentes podem criar tanta harmonia.
A escrita é mais democrática que a moda, sim ela é. Importa muito pouco a idade ou mesmo o tipo físico, mas ainda assim, ocasião ainda precisa ser levada em conta. Nada como um poema, uma poesia, quando o momento é de amor. Nada como um conto, quando a ocasião pede descrição. Uma crônica sempre vai bem quando estamos de pá virada e uma música...ah! a música combina com tudo. 
Através da escrita, somos como somos, somos como queremos ser e somos até nada! O que é difícil dizer, às vezes fica mais fácil escrever. Mas não importa o que façamos, é preciso sentir, existir, é preciso permitir ser.
Seja como for, a escrita tem beleza e precisa dela. Escrever requer simplicidade com requinte, charme e liberdade. 
Acordei hoje pensando sobre a beleza de um bom texto.






20 julho, 2010

Vazio


Há alguns dias venho experimentando o vazio e uma falta de sentido assustadora. A angústia é a de não encontrar nada que caiba ali. Me lembrei de testemunhos na igreja, várias pessoas falando de como tinham um vazio. Eu era criança, e eu aprendi isso, mas nunca entendia de fato. Que vazio? vazio de que? de nada. Por isso é tão difícil sustentar.
E no vazio não tenho conseguido pensar, elaborar, escrever. 
É uma sensação apavorante porque é só de vez em quando que ela nos toma por inteiro. Agora mesmo enquanto escrevo, não encontro palavras pra descrever o que quero. Fico alguns minutos olhando pra tela, mas não tenho nada. O interessante é que apesar de não ter nada, sinto a necessidade de escrever. 
Aí pensei, quando a gente morre? o que é que fica? a maioria das vezes nada, vazio. Eu acho que não deixarei nada.  A não ser o amor de quem amei e de quem me amou, nada mais. 
E falando em nada penso no amor. Amor é a única coisa que entra nesse vazio. Deve ser por isso o testemunho que falei anteriormente. Só o amor dá conta disso tudo e Deus é amor.
Continuando lendo meu texto, vejo pobreza. Pobreza porque há falta e porque não tem luxo algum. Não tem enfeites, porque no momento não posso bancar. Só tenho recursos pra isso mesmo.  Pobre.
No vazio só quero experimentar o que Paulo experimentou: "Porque quando estou fraco então sou forte." (2 Co 12:10)

14 julho, 2010

Muito pra dizer e pouca vontade de escrever....quem sabe até o final da semana eu consigo.

18 junho, 2010

Now wave your flag!



Vamos Brasil!!! Impossível não sofrer desesperadamente!!
A taça será nossa?? TOMARA!!!!
Vale a pena ler:Dito e Dizer

27 maio, 2010

Grande pequena


Escrevi esse texto logo que cheguei de São Luís no começo da semana, mas só consegui postar hoje (mistérios da internet).

Voltei de São Luís e dessa vez foi como visitar o velho de forma nova ou o novo sentindo nostalgia. Não sei bem. Fui para mais uma de minhas aulas na FGV e acabei assistindo pouquíssimas aulas (culpa da FGV e não minha), fazendo exames doloridos e passeios em família. Dessa vez, fui pra São Luís não querendo ir. Porque sabia que lá me aguardava uma dolorida biópsia e nenhuma droga pra me fazer dormir! Aí a minha surpresa. Na mesa da médica, dei "pití", chorei, passei mal, "parece uma criança, só tem tamanho" - dizia a médica quase que sentindo prazer naquilo tudo. Então mordi e apertei a mão da minha mãe, buscando ajuda. Abracei e pedi socorro inúmeras vezes e mesmo estando reagindo desproporcionadamente ao que de fato acontecia, fui acolhida como precisava. Três semanas depois dos dias da mães, senti o que todos os poemas, músicas e frases de cartões tentam expressar. Passei bons momentos em casa, (já que não podia sair devido à dor do exame) assistindo jornal deitada na cama dos pais, ficando até altas horas rindo de besteiras com meu irmão, fazendo brinquedos para o irmão mais novo. À noite lanches, à tarde shopping em família. Programas infantis. Sim, nessas horas só tenho tamanho. Porque me entrego completamente ao sentimento de estar na casa dos meus pais. E dessa vez, um pouco mais entregue, voltei com mais saudade. Mas é saudade que dói fazendo bem. No final das contas é isso. Saudade que faz bem. Mas pra sentir isso é preciso estar bem grandinha.

30 abril, 2010

Sua ....Subjetiva!!!


“Até nos seus horários você é subjetiva!” Ouvia enquanto tentava mostrar a importância de um planejamento mensal de horários que fossem flexíveis o suficiente para atender às demandas das organizações que estávamos atendendo. Parecia lógico e pautado em novas perspectivas de gestão e nem um pouco “subjetivo”. Mas, muito, além disso, o que me chamava à atenção era isso: “quando chamar alguém de “subjetivo” tinha se tornado um insulto?” E porque agora sentia nessa afirmação desdém e deboche peculiar de quem encontra na “objetividade” motivo de orgulho. Não entendia.Não entendia mesmo.
Então decidi pensar sobre o que seria ser alguém subjetiva. O que seria isso? E quais os critérios para estabelecer se alguém deve ou não ser repreendida por esse tão terrível “erro”?
Subjetiva até com horários, pensava. Sim, sou. Sou já que só posso ser. Enquanto penso minha rotina, eu sou. Enquanto trabalho, eu sou. Enquanto estudo, namoro, compro, pago contas, eu sou. Enquanto alcanço resultados propostos pela empresa, sou subjetiva. E não há uma só atividade dessas em que minha subjetividade não esteja presente. Em todas elas, posso sentir meu corpo e minha alma regozijando ou pedindo socorro. E ali esta ela. Minha subjetividade. Estou e sou “sujeita”.
Enquanto alguns criticam tudo que não é pragmático, estudos começam a mostrar que a fluidez é o caminho. Flexibilidade e adaptabilidade: só se fala nisso no mercado de trabalho. Descobriram (oh!) que pessoas resilientes são mais produtivas, mais criativas e podem oferecer melhores soluções para o mundo dinâmico e global. Padrões objetivos e enrijecidos vão aos poucos abrindo espaço para um pensamento organísmico que reconhece a subjetividade por trás da “força de trabalho”. O mundo pede subjetividade na “mão de obra”. O mundo pede mão, pés, alma, emoção, força, poder e fraqueza, mas ainda não sabe disso.
“ Lógica da gestão flexível”, lembrava de uma aula em que se tratava desse assunto. Enquanto é sentido que falta alma nas ações, tentam criar um modelo de flexibilidade? Engraçado. Não parece lógico, nem objetivo.
O mundo sente que são necessárias mudanças, mas por algum motivo, ser sujeito é motivo de chacota. Sentir é futilidade e a “objetividade” (seja lá o que isso signifique) é endeusada a custo da saúde e vitalidade de todos.
Mas eu sigo: subjetiva até nos horários.

11 março, 2010

Ser e Sentir.

Uma discussão difícil.
Sempre, como digo na descrição do próprio blog, preferi sentir.
Não há espaço entre ser e sentir. Não para mim. Porque na verdade, sou nada. Sou somente o que sou capaz de sentir e por isso, tudo muda tanto. Mudo tanto.
Quando somos, somos e pronto. E o peso de ser somente uma coisa é grande demais. Confortável pra todos a nossa volta, já que se torna simples saber o que esperar.Posso me apoiar no que já conheço e esperar sempre mais do mesmo. "Contar com alguém",seria isso? já saber o que esperar dessa pessoa? Quer dizer que quando alguém pergunta se pode contar comigo quer saber se pode contar com determinada reação minha? Nunca tinha pensado nisso. Se for assim, conte somente com minha vontade de sentir, com minha vontade de autenticamente sentir.Conte com meu amor, conte com a minha ódio, conte com minhas conversas, conte com o meu silêncio.Conte com minha doçura, conte com minha amargura. Conte com o meu contentamento, conte com a minha raiva. Conte com o meu sono, conte minha energia. Conte com meu altruísmo e conte com meu egoísmo. Conte com minha coragem, conte com meu pavor.

Não me pergunte mais quem eu sou. Me pergunte o que eu sinto.

06 março, 2010

O Sono



20:30 de um sábado a noite e eu nunca desejei tanto uma cama. Passados alguns muitos dias sem escrever aqui,continuo num ritmo frenético. Sou paradoxal. O sono sempre foi um dos meus maiores prazeres, ao mesmo tempo sempre estou em envolvida em mais atividades do que se pode realizar tranquilmente num dia normal. Acho que isso aumenta o prazer do sono.
Dormir, sem culpa alguma, no chão, na cama, encostada. De pijama, de camisa, sem nada, dormir.Sozinha ou acompanhada( melhor que seja), dormir. De preguiça, de cansaço, merecendo ou não. Revigora, faz sonhar, por um tempo faz até crescer. Ai! Como eu quero dormir!!!

07 janeiro, 2010

A Carta


Hoje recebi uma carta! Nem me lembro quanto tempo faz que eu recebi algo pelo correio que não fosse propaganda, encomenda ou contas!
Veio do Rio. Tão singela, tão honesta, cheia de carinho. Lembrei da discussão há uns dias atrás entre Mc e Rafael. Afinal, a Internet aproxima ou afasta as pessoas?
Eu não sei.Só sei que por causa da internet consegui construir esse relacionamento, foi com essa tecnologia que trabalhamos juntas por quase um ano, fazendo parte da mesma equipe e morando em cidades bem distantes.E depois que o vínculo do trabalho se foi, mantemos as lembranças pela net,novidades, conheci sua filhota, pela internet!
E hoje, depois do carinho cultivado, recebi um fruto saboroso. A carta que veio pelo correio.

Então deve ser assim. O melhor dos dois mundos.
A nova tecnologia nos uniu e a antiga surpreendeu de maneira graciosa.

BiÂÂnca e Mari, Obrigada! Muito obrigada! saudades!
ps: a gente bem que podia assitir sex and the city juntas! ia ser tudo! rs