25 março, 2011

O problema é que quando sabemos que somos especiais, depois que se passam os anos em que todo mundo esta disposto a lhe aplaudir, resta a você descobrir que pra viver, é preciso aprender a ser comum. Se não reconhecemos nosso valor, nos diminuímos e nossa auto-estima vai abaixo, mas quando sabemos muito bem o que valemos, tudo aqui parece pouco. Sim, a angustia estará presente, de um jeito ou de outro.

04 outubro, 2010

Simples


Eu que sempre gostei de asfalto, shopping, pressa e tudo mais que uma cidade grande pode oferecer, fiquei deslumbrada com uma festa numa casinha de porta e janela com cerquinha na frente, tocando forró (de verdade), crianças correndo e soltando fogos. Pensei:"nossa! parece cena de filme...!!" E depois me dei conta que vejo nos filme o que está ao meu redor e nao noto, preciso de uma tela grande pra que chamem minha atenção e aí pensar nisso me trouxe lembranças antigas, simples.
A simplicidade me ganhou. Aniversário com balão pendurado na varanda, mesinhas na frente de casa com a família reunida, terra, estrelas....
Sou incansável por querer mais...mas hoje só quero o pouco e o simples. Sem enfeites, só a vida, dura e pura.

30 agosto, 2010

Texto

E a escrita precisa ser bonita.Tem que ter charme e tem que combinar. Como na moda, nem todas as palavras caem bem a todo momento. É preciso olhar bem antes de sair com aquela frase que parece de efeito, mas pode acabar um pouco cafona. Reorganizar os elementos, vale a pena. Rever os acessórios também, nem todos os objetos vão bem. Como a moda, requer criatividade. Nos surpreendemos como alguns elementos tão diferentes podem criar tanta harmonia.
A escrita é mais democrática que a moda, sim ela é. Importa muito pouco a idade ou mesmo o tipo físico, mas ainda assim, ocasião ainda precisa ser levada em conta. Nada como um poema, uma poesia, quando o momento é de amor. Nada como um conto, quando a ocasião pede descrição. Uma crônica sempre vai bem quando estamos de pá virada e uma música...ah! a música combina com tudo. 
Através da escrita, somos como somos, somos como queremos ser e somos até nada! O que é difícil dizer, às vezes fica mais fácil escrever. Mas não importa o que façamos, é preciso sentir, existir, é preciso permitir ser.
Seja como for, a escrita tem beleza e precisa dela. Escrever requer simplicidade com requinte, charme e liberdade. 
Acordei hoje pensando sobre a beleza de um bom texto.






20 julho, 2010

Vazio


Há alguns dias venho experimentando o vazio e uma falta de sentido assustadora. A angústia é a de não encontrar nada que caiba ali. Me lembrei de testemunhos na igreja, várias pessoas falando de como tinham um vazio. Eu era criança, e eu aprendi isso, mas nunca entendia de fato. Que vazio? vazio de que? de nada. Por isso é tão difícil sustentar.
E no vazio não tenho conseguido pensar, elaborar, escrever. 
É uma sensação apavorante porque é só de vez em quando que ela nos toma por inteiro. Agora mesmo enquanto escrevo, não encontro palavras pra descrever o que quero. Fico alguns minutos olhando pra tela, mas não tenho nada. O interessante é que apesar de não ter nada, sinto a necessidade de escrever. 
Aí pensei, quando a gente morre? o que é que fica? a maioria das vezes nada, vazio. Eu acho que não deixarei nada.  A não ser o amor de quem amei e de quem me amou, nada mais. 
E falando em nada penso no amor. Amor é a única coisa que entra nesse vazio. Deve ser por isso o testemunho que falei anteriormente. Só o amor dá conta disso tudo e Deus é amor.
Continuando lendo meu texto, vejo pobreza. Pobreza porque há falta e porque não tem luxo algum. Não tem enfeites, porque no momento não posso bancar. Só tenho recursos pra isso mesmo.  Pobre.
No vazio só quero experimentar o que Paulo experimentou: "Porque quando estou fraco então sou forte." (2 Co 12:10)

14 julho, 2010

Muito pra dizer e pouca vontade de escrever....quem sabe até o final da semana eu consigo.

18 junho, 2010

Now wave your flag!



Vamos Brasil!!! Impossível não sofrer desesperadamente!!
A taça será nossa?? TOMARA!!!!
Vale a pena ler:Dito e Dizer

27 maio, 2010

Grande pequena


Escrevi esse texto logo que cheguei de São Luís no começo da semana, mas só consegui postar hoje (mistérios da internet).

Voltei de São Luís e dessa vez foi como visitar o velho de forma nova ou o novo sentindo nostalgia. Não sei bem. Fui para mais uma de minhas aulas na FGV e acabei assistindo pouquíssimas aulas (culpa da FGV e não minha), fazendo exames doloridos e passeios em família. Dessa vez, fui pra São Luís não querendo ir. Porque sabia que lá me aguardava uma dolorida biópsia e nenhuma droga pra me fazer dormir! Aí a minha surpresa. Na mesa da médica, dei "pití", chorei, passei mal, "parece uma criança, só tem tamanho" - dizia a médica quase que sentindo prazer naquilo tudo. Então mordi e apertei a mão da minha mãe, buscando ajuda. Abracei e pedi socorro inúmeras vezes e mesmo estando reagindo desproporcionadamente ao que de fato acontecia, fui acolhida como precisava. Três semanas depois dos dias da mães, senti o que todos os poemas, músicas e frases de cartões tentam expressar. Passei bons momentos em casa, (já que não podia sair devido à dor do exame) assistindo jornal deitada na cama dos pais, ficando até altas horas rindo de besteiras com meu irmão, fazendo brinquedos para o irmão mais novo. À noite lanches, à tarde shopping em família. Programas infantis. Sim, nessas horas só tenho tamanho. Porque me entrego completamente ao sentimento de estar na casa dos meus pais. E dessa vez, um pouco mais entregue, voltei com mais saudade. Mas é saudade que dói fazendo bem. No final das contas é isso. Saudade que faz bem. Mas pra sentir isso é preciso estar bem grandinha.