28 abril, 2009

Ainda bem que foram ( fomos), vamos.




E assim, eles continuavam sem saber o que poderia acontecer. Mesmo assim foram em frente, nada parecia sensato, a viagem, a mudança, mas ainda assim foram em frente. Na primeira vez, ela disse não. Não estava preparada, mas não era de amor que precisava se vestir, de amor ela já estava pronta! Há muito tempo. Mas não tinha vestido coragem e ousadia, as vezes ela tinha medo que ficassem um pouco vulgar com aquela maquiagem. Não demorou muito tempo pra que ela percebesse que qualquer outra coisa ficaria sem graça, bege. Logo ela que normalmente sabe o que escolher para cada ocasião. E foi vestida de amor, coragem e ousadia que ela se perfumou e foi. Ligou, escreveu e viajou. Ele parece que já sabia pra onde iam porque estava com a roupa adequada também, o carinho que ele usava combinava perfeitamente com a delicadeza do momento. E vai dar certo? Não é muito difícil? Não seria loucura? As perguntas borbulhavam, mas as respostas teimavam em não aparecer. E quem precisa delas? Ele ia mostrando o caminho com uma suavidade que acolhia e assustava de tão bom que era. Ela ia atrás com passos longos, nem sempre firmes.

Ela queria perguntar pra onde estavam indo, mas depois de arrumada e segurando aos mãos do cavalheiro, não combinava duvidar e mostrar hesitação. Ela que estava ali toda arrumada de amor e coragem viu que a ousadia estava mesmo nele e confiou. Continuaram caminhando, as vezes eles tinham medo e quando ele tinha medo, ela ficava feliz porque ele a buscava como se nela tivesse algum consolo.
Olharam um pro outro quando um lugar muito alto se aproximou. Eles tinham que pular. Mas e se? pular? isso não é perigoso? ja tá tudo pronto lá em baixo? Não sei! Disseram os dois, bem baixinho...e foram!
Estão lá em baixo agora, olhando pra cima...é a lua.Ainda bem que foram. Ainda existem perguntas e agora eles estão ansiosos pra continuar.Vamos.




6 comentários:

Toninho disse...

Perfeito, nossa adorei o texto, ainda mais o final do olharam pra cima e lá estava a lua...Eu adoro isso!
Muito propícia para meu momento!
Adorei todas nossa conversas hj.
Nunca canso de dizer.
Vc não existe!!
Bjos

Anônimo disse...

e de repente ela começou a escrever. movida por uma vetania desconhecida, frenética. Sozinha, precisava dar conta de tantos caminhos. ela ainda não sabe o que há no caminho, porque o caminho é o destino. ela percorre um caminhos que já percorremos...a luta pelas palavras; como quem cata conchas na praia deserta.
sua escrita ainda há de revelar muito de si , e do outro também.
se ela pensa que já caiu em um abismo, mal sabe ela que as profundezas são um lugar muito, mas muito mais escuro e que só se acessa o infinito quando morremos. e quando morremos não vemos a lua, vemos o nada que grita pelo espelho: esse sou eu!

Rafael.

Amanda Oliveira disse...

Maravilhoso texto, forte e suave como vc, me emocionei com ele, talvez pq tenha me me vestir com algumas desas roupas... mais ainda me falta a coragem de pular no abismo... rsrsrs.
Parabens pela nova jornada, seja muito feliz! beijos carinhosos

Marcus Cézar Belmino disse...

Perdeu-se a exatidão de pra onde fica pra frente, onde fica pra trás, ou um lado ou o outro...o que interessa é estar juntos e indo, saber que estão lado a lado e que não precisa ter medo de ter medo, pois sabe-se que sempre vai poder olhar nos olhos e ouvir um sincero eu te amo.

Obrigado por me permitir fazer parte da tua vida, e quero isso sempre.

Eu te amo muito!
Marcus Cézar

Herr Luiz disse...

Sou um 5 e, como tal, não posso deixar de admirar a coragem de se lançar à vida desta forma. Do alto de minha torre de cristal, afastado do mundo, não pude entender sozinho o signifado, em sua amplitude maior, do seu texto. Acho que estou ficando cego. Antes q vc me desse um "pequeno empurranzinho" com algumas dicas sobre o contexto, não consegui ler. Via palavras, confesso que até checava a concordância verbo-nominal (sou mala mesmo, pode meter o ferro) mas o mais importante eu não fiz: sorver cada letra como se fosse uma gota. Parabéns pela coragem, por ter escolhido ser uma pioneira - pioneiros abrem caminhos ao passo que os demais confortam-se em simplesmente seguir as trilhas por eles abertas -. Admiro sua determinação, confiança em seguir e a certeza de que o porvir valerá a pena. Até mesmo porque, como diz um camarada lá do interior do Espírito Santo quando indagado sobre os calos obtidos na vida: "Não tenho o que reclamar deste mundo. Mesmo assim, se algum dia a vida tivesse me dados as costas, eu teria passado a mão na na bun** dela".

Ellen disse...

Achei lindo, leve e poético! Amei!