"Explicar e Comparar são sempre sentidos como uma mentira, seja uma mentira consoladora, seja autopunitiva. Contudo, fazermos algo e sermos nós mesmos é uma prova; se autojustifica porque completa a situação" (Gestalt-Terapia)
20 julho, 2010
Vazio
Há alguns dias venho experimentando o vazio e uma falta de sentido assustadora. A angústia é a de não encontrar nada que caiba ali. Me lembrei de testemunhos na igreja, várias pessoas falando de como tinham um vazio. Eu era criança, e eu aprendi isso, mas nunca entendia de fato. Que vazio? vazio de que? de nada. Por isso é tão difícil sustentar.
E no vazio não tenho conseguido pensar, elaborar, escrever.
É uma sensação apavorante porque é só de vez em quando que ela nos toma por inteiro. Agora mesmo enquanto escrevo, não encontro palavras pra descrever o que quero. Fico alguns minutos olhando pra tela, mas não tenho nada. O interessante é que apesar de não ter nada, sinto a necessidade de escrever.
Aí pensei, quando a gente morre? o que é que fica? a maioria das vezes nada, vazio. Eu acho que não deixarei nada. A não ser o amor de quem amei e de quem me amou, nada mais.
E falando em nada penso no amor. Amor é a única coisa que entra nesse vazio. Deve ser por isso o testemunho que falei anteriormente. Só o amor dá conta disso tudo e Deus é amor.
Continuando lendo meu texto, vejo pobreza. Pobreza porque há falta e porque não tem luxo algum. Não tem enfeites, porque no momento não posso bancar. Só tenho recursos pra isso mesmo. Pobre.
No vazio só quero experimentar o que Paulo experimentou: "Porque quando estou fraco então sou forte." (2 Co 12:10)
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