27 maio, 2010

Grande pequena


Escrevi esse texto logo que cheguei de São Luís no começo da semana, mas só consegui postar hoje (mistérios da internet).

Voltei de São Luís e dessa vez foi como visitar o velho de forma nova ou o novo sentindo nostalgia. Não sei bem. Fui para mais uma de minhas aulas na FGV e acabei assistindo pouquíssimas aulas (culpa da FGV e não minha), fazendo exames doloridos e passeios em família. Dessa vez, fui pra São Luís não querendo ir. Porque sabia que lá me aguardava uma dolorida biópsia e nenhuma droga pra me fazer dormir! Aí a minha surpresa. Na mesa da médica, dei "pití", chorei, passei mal, "parece uma criança, só tem tamanho" - dizia a médica quase que sentindo prazer naquilo tudo. Então mordi e apertei a mão da minha mãe, buscando ajuda. Abracei e pedi socorro inúmeras vezes e mesmo estando reagindo desproporcionadamente ao que de fato acontecia, fui acolhida como precisava. Três semanas depois dos dias da mães, senti o que todos os poemas, músicas e frases de cartões tentam expressar. Passei bons momentos em casa, (já que não podia sair devido à dor do exame) assistindo jornal deitada na cama dos pais, ficando até altas horas rindo de besteiras com meu irmão, fazendo brinquedos para o irmão mais novo. À noite lanches, à tarde shopping em família. Programas infantis. Sim, nessas horas só tenho tamanho. Porque me entrego completamente ao sentimento de estar na casa dos meus pais. E dessa vez, um pouco mais entregue, voltei com mais saudade. Mas é saudade que dói fazendo bem. No final das contas é isso. Saudade que faz bem. Mas pra sentir isso é preciso estar bem grandinha.

Um comentário:

Rafael Pinheiro disse...

amay o post. bem escrito , curto e grosso, do jeito que eu gosto!! Tb ficamos com saudades. agora te rói porque perderás meu ungido aniversário !!! Bike Bye bye bye!